“Tendo chamado de novo a turba, dizia-lhes: ‘Ouvi-me todos, e entendei. Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar; mas o que sai do homem, isso é que mancha o homem. A bom entendedor meia palavra basta’. Quando deixou o povo e entrou em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe acerca da parábola. Respondeu-lhes: ‘Sois também vós assim ignorantes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode tornar impuro, porque não lhe entra no coração, mas vai ao ventre e dali segue sua Lei natural?’. Assim ele declarava puros todos os alimentos. E acrescentava: ‘Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem. Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos…’” (Marcos 7,14-21)
… Para que eu não pense que devo ser uma “vítima” das coisas que “entram” em mim “de fora”. Não, eu só caio nas “más” coisas que às vezes “como”, sejam elas certos alimentos — ou mesmo palavras, ou imagens, ou melodias — se as abraço em meu coração, com um apego sincero a elas, e assim as re-produzo de lá, deixando-as “sair” de mim, em minhas próprias ações e palavras.
Que eu guarde meu coração hoje, reconectando-me com Deus por meio de alguma oração sincera. Assim como as coisas “más”, que só podem me “manchar” se eu as abraçar em meu coração, também as “boas” coisas da graça de Deus me elevam e me iluminam, quando eu as deixo entrar em meu coração. “Vinde e habitai em nós, purificai-nos de toda mancha, e salvai nossas almas, Vós que sois Bom!”.
Versão brasileira: João Antunes
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