“A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente. Então os seus olhos abriram-se; e, vendo que estavam nus, tomaram folhas de figueira, ligaram-nas e fizeram tangas para si. […] O Senhor Deus fez para Adão e sua mulher umas vestes de peles, e os vestiu.” (Gênesis 3,6s.21)
Logo após “A Queda”; após nossa decisão de apreender “o conhecimento do bem e do mal” da árvore, e não da maneira de Deus, sentimos imediatamente a necessidade de nos protegermos dos “elementos” do mundo criado por Deus, cobrindo-nos, com a primeira tecnologia, de vestuário. Tínhamos caído em desarmonia com a Unidade de nosso Criador e do Seu mundo criado, que subitamente percebemos como hostil para nós. Assim, aplicamos a nossa recém-descoberta “inteligência” e “tomamos folhas de figueira […] e fizemos tangas para nós”, imaginando ingenuamente que nos protegeriam de um ambiente recém-hostil, porque ainda éramos muito “novos” nesta situação, e aplicamos a nossa recém-descoberta “inteligência” de uma forma desconcertante.
O que fez Deus então, depois de nos ter questionado, e estabelecido a nossa falta de contrição, por comer do fruto proibido da árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (porque nem Adão nem Eva aceitaram a responsabilidade por esta decisão)? Surpreendentemente, Ele concordou com a nossa primeira e meramente humana “solução” para a nossa nova e dolorosa autoconsciência, e consequente necessidade de nos vestirmos, — e ajudou-nos a melhorar nossas vestes, tornando-as melhor e mais duradouras, fazendo-as “de peles”. Assim Ele começa a nossa restauração, e para nos ajudar a nos elevar-nos, após a Queda, fomentando a nossa própria ideia, que nós próprios tínhamos inventado, para nos ajudarmos a nós mesmos.
Graças Te dou, Deus, por nos encorajar a ajudar-nos, com os nossos avanços tecnológicos, ao mesmo tempo que os tocas com Tua contribuição, por Tua graça. Ajuda-me a fazer a próxima coisa certa hoje, por mais desconcertante que a faça em meu estado atual. E, por favor, toca nos meus esforços sempre insuficientes para me “cobrir” de qualquer iniquidade, seja de dentro ou de fora de mim, com Tua Graça.
Versão brasileira: João Antunes
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