“E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: ‘Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou’.” (Lucas 24,1-6a)
Os dois anjos, os “dois varões, com vestidos resplandecentes”, não são assim tão diretos na divulgação da notícia da ressurreição. Primeiro, eles permitem que as mulheres fiquem “perplexas” por um pouco de tempo, a respeito da pedra revolvida. E depois, “acontece que”, os dois aparecem, e apresentam-se com a pergunta das mais tolas: “Porque buscais o vivente entre os mortos?”.
Que pergunta! Quero dizer, depois de tudo o que aconteceu, CLARO que estas mulheres de coração despedaçado buscavam seu Senhor, crucificado e enterrado, “entre os mortos”. Afinal, tinham-n’O visto dar o último suspiro e morrer, e ser enterrado. E depois tinham passado todo o sábado em profundo luto.
Mas eis o encanto deste momento vital da História da Salvação: Os dois anjos parecem deleitar-se em dar as boas novas da ressurreição de Cristo às mulheres desta forma lúdica, provocando-as primeiro com esta pergunta: “Por que buscais o vivente entre os mortos?”. Só depois disso é que eles dão a boa nova: “Ele não está aqui, mas ressuscitou…”.
Não tenho nenhum ponto teológico profundo a fazer aqui hoje, exceto notar a alegria de nosso júbilo hoje, na ressurreição de nosso Senhor. Cristo ressuscitou dos mortos, portanto que toda a escuridão e agudeza da morte sejam pisadas. Cristo ressuscitou! Descansemos, e desfrutemos da graça da festa!
Versão brasileira: João Antunes
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