“Fui-vos revelando estas coisas enquanto tenho permanecido convosco; mas o Paráclito (ὁ παράκλητος), o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos (ὑπομνήσει ὑμᾶς) tudo o que Eu vos disse. Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acovarde…” (João 14,25ss)
O Espírito Santo “recorda-nos” de tudo o que Cristo nos disse, porque tendemos a esquecer. Não é apenas semanalmente, na celebração da Eucaristia, que o Espírito Santo nos ajuda a “fazer” em “recordação” de Cristo, (como Ele ordenou, “Fazei isto em memória de Mim”, 1 Coríntios 11,24), mas também diariamente. É em e por nossa comunhão com o Espírito Santo que, diariamente, a “memória” da palavra do Senhor é mantida viva e ativa em nossas jornadas carregando a cruz, tanto nos “ensinando tudo” como nos concedendo a “paz” de Cristo ao longo dos nossos altos e baixos.
Que eu abra o meu coração ao Espírito Santo esta manhã, e seja dócil. Não sou deixado sozinho no “mundo”, para me defender em meio aos seus temores e ambições meramente humanos. O Senhor já me deu a Sua “paz”, — e “não é como a dá o mundo”, sob certas condições. Não, Ele dá-me a Sua paz incondicionalmente, independente das minhas circunstâncias pessoais, profissionais, financeiras ou outras. Mas é claro que Ele não me dá a Sua paz contra a minha vontade; se eu optar por bloqueá-la. Portanto, que eu me abra a Ele hoje, por meio de alguma oração sincera, porque eu posso. E que eu “recorde” a Sua palavra, levando-a comigo ao longo deste dia: para que “não se perturbe o vosso coração nem se acovarde”.
Versão brasileira: João Antunes
© 2021, Ir. Vassa Larin
www.coffeewithsistervassa.com