“Por isso, tomai a armadura de Deus, para que tenhais a capacidade de resistir no dia mau e, depois de tudo terdes feito, de vos manterdes firmes. Mantende-vos, portanto, firmes, tendo cingido os vossos rins com a verdade, vestido a couraça da justiça e calçado os pés com a prontidão para anunciar o Evangelho da paz; acima de tudo, tomai o escudo da fé, com o qual tereis a capacidade de apagar todas as setas incendiadas do maligno. Recebei ainda o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus.” (Efésios 6,13-17)
Constato hoje que enquanto São Paulo usa aqui imagens militares, ele está na realidade fazendo uma observação sobre a paz; sobre “o Evangelho da paz”. Ele chama-me à paz com as pessoas ao meu redor, recordando-me que qualquer perda de paz/perturbação que eu sinta, aparentemente por causa dos outros, está em mim, no meu coração. “Porque não é contra os seres humanos que temos de lutar, mas contra […] os espíritos do mal” (Efésios 6,12).
Hoje, se me sinto frustrado, zangado ou irritado com qualquer pessoa, instituição ou situação da minha vida, sou recordado de olhar para dentro de mim, e lançar a luz do “Evangelho da paz”, da minha parte, em qualquer circunstância ou relação. Isto não significa que eu tenha de fingir que os outros à minha volta são perfeitos, mas não sou chamado a controlar as suas caminhadas de vida. Sou chamado a cuidar da minha parte, com a Sua ajuda, com “a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus”, que me reveste em verdade, justiça, fé e o restante de toda “a armadura de Deus”. Deixo-O armar-me hoje, em Sua paz.
Versão brasileira: João Antunes
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