“’Tudo me é permitido’, mas nem tudo é conveniente. ‘Tudo me é permitido’, mas eu não me farei escravo de nada.” (1ª Coríntios 6,12)
Os vícios têm a ver com uma perda de liberdade, em vez de alguma “mazela” inerente da “coisa” em que se fica viciado. No caso de vícios mais ou menos comuns, como o vício das drogas, do álcool, do sexo, da comida, do açúcar, dos jogos eletrônicos, ou da Internet, a nossa perda de liberdade acontece aos poucos, de forma imperceptível. No início, a “coisa” ajuda-nos de alguma forma, … até que já não ajuda mais. Deixa de “ajudar” quando somos atraídos pela “coisa” contra a nossa vontade, porque agora ela nos “faz escravos”, que é o que o Apóstolo me adverte na passagem acima citada.
A boa notícia sobre o sofrer de algum vício, porém, é que ele pode obrigar-me a buscar a Deus e o Seu auxílio da forma mais sincera e renovada. Porque só Deus me pode libertar do domínio poderoso de um verdadeiro vício. “Depois de terdes padecido por um pouco de tempo, o Deus que é todo graça e vos chamou em Jesus Cristo à sua eterna glória, há-de restabelecer-vos e consolidar-vos, tornar-vos firmes e fortes” (1ª Pedro 5,10). Se eu deslizei para um vício, isto pode ser uma chamada de despertar da Sua parte, para me libertar da autossuficiência e deixá-l’O ser uma verdadeira parte da minha vida.
Hoje agradeço a Deus, em oração sincera, por todas as coisas e pessoas da minha vida, e peço que eu “me faça escravo” apenas d’Ele, buscando diariamente a Sua verdade libertadora. “Conhecereis a verdade”, promete-me o Senhor, “e a verdade vos tornará livres” (João 8,32).
Versão brasileira: João Antunes
© 2015, Ir. Vassa Larin
www.coffeewithsistervassa.com