CRESCENDO COM O JOIO

Jesus propôs-lhes outra parábola: O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo. Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se. Quando a haste cresceu e deu fruto, apareceu também o joio. Os servos do dono da casa foram ter com ele e disseram-lhe: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?’. ‘Foi algum inimigo meu que fez isto’ — respondeu ele. Disseram-lhe os servos: ‘Queres que vamos arrancá-lo?’. Ele respondeu: ‘Não, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo. Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro’.” (Mateus 13,24-30)

Nesta parábola, o Senhor descreve a coexistência do bem e do mal neste mundo, tanto dentro de mim, como na sociedade mais vasta dos crentes, a Igreja. Através desta parábola, Ele evita expectativas irrealistas da nossa “pureza” ao longo da jornada para a salvação. Para ter a certeza, preciso de desejar a perfeição e lutar por ela. Mas isso está no poder de Deus, não no meu, tornar perfeito e santificar, ao Seu ritmo e no Seu tempo.

Por isso, hoje sou recordado que de alguma forma, de formas que posso não compreender, é benéfico para mim conviver com certo “joio” ou deficiências, tanto dentro de mim como no contexto da minha Igreja. Como se diz aqui, não só coexisto com este “joio”, como também “cresço” com ele: “um e outro crescem juntos”, diz Cristo, “até à ceifa”. Sou recordado hoje que Deus pode e irá remover o “joio”, no Seu próprio tempo.

Versão brasileira: João Antunes

© 2016, Ir. Vassa Larin
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