FAMÍLIA PRIMEIRO?

Estava Ele ainda a falar à multidão, quando apareceram sua mãe e seus irmãos, que, do lado de fora, procuravam falar-lhe. Disse-lhe alguém: ‘A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar-te’. Jesus respondeu ao que lhe falara: ‘Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos?’. E, indicando com a mão os discípulos, acrescentou: ‘Aí estão minha mãe e meus irmãos; pois, todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe’.” (Mateus 12,46-50)

Jesus tem uma mãe amorosa e outros familiares próximos, mas Ele não abandona as pessoas a quem Ele está ministrando neste momento, enquanto “ainda fala à multidão”, para se apressar e saudar a sua família. Por quê?

Aqui Cristo adverte contra a exclusividade familiar; ou seja, o tipo de família que está fechada em si mesma, preferindo o seu pequeno círculo familiar à exclusão dos outros. Tal vida familiar individualista não é apenas egoísta, mas pode levar a várias formas de codependência familiar pouco saudáveis. Daí que uma família cristã, a “pequena igreja doméstica” dentro da sociedade em geral, não seja auto-isolada, mas chamada a ser inclusiva dos outros; a partilhar o seu calor e amor com aqueles “de fora” que possam estar precisando de atenção e inclusão. Hoje, sou chamado a partilhar os dons do amor e do calor da minha própria família com os necessitados que possam cruzar o meu caminho.

Versão brasileira: João Antunes

© 2016, Ir. Vassa Larin
Reflexões com café na manhã: 365 devoções diárias para pessoas ocupadas
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