“Noé construiu um altar ao SENHOR e, de todos os animais puros e de todas as aves puras, ofereceu holocaustos no altar. O SENHOR sentiu o agradável odor e disse no seu coração: ‘De futuro, não amaldiçoarei mais a terra por causa do homem, pois as tendências do coração humano são más, desde a juventude, e não voltarei a castigar os seres vivos, como fiz. Enquanto subsistir a terra, haverá sempre a sementeira e a colheita, o frio e o calor, o Verão e o Inverno, o dia e a noite’.” (Gênesis 8,20ss)
A mutabilidade da realidade temporal, como as mudanças de temperatura, ou nas horas do dia e da noite, é uma bênção. Uma coisa não muda, e isto é, a minha obrigação de domar e redirecionar as “tendências do coração humano”, a minha inclinação que é “má desde a juventude”. Mas em meio a esta obrigação constante, imutável, de luta espiritual, tenho o alívio e a agradável distração de mudanças incontroláveis na realidade física, como a noite tornando-se dia. Por que é que isto é um alívio? Porque não tenho de me preocupar com aquilo que não controlo.
O mesmo não acontece com as mudanças nas nossas “estações” litúrgicas. Os ciclos de jejuns e festas oferecem-me mudanças de ritmo, em meio a um objetivo constante e imutável de trabalhar no meu coração, de o alinhar com Deus. Numa palavra, estou contente por ser Quaresma, tal como estarei contente quando ela terminar. Agradeço a Deus hoje por trazer as Suas mudanças à minha vida, de uma forma que felizmente não controlo.
Versão brasileira: João Antunes
© 2016, Ir. Vassa Larin
Reflexões com café na manhã: 365 devoções diárias para pessoas ocupadas
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