“Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: ‘Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo’. Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: ‘Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus…’.” (Lucas 1,26-31)
A Santíssima Virgem está profundamente perturbada, mesmo chocada, com a saudação do anjo. Mas Ela não diz nada de imediato. Ela prefere “inquirir a si própria” o que isso pode significar, e ouve o que ele tem a dizer a seguir. Esta é a reação daquela Cheia de Graça: Ela faz uma pausa e escuta, porque a graça dá espaço entre a Sua perturbação instintiva e as Suas palavras.
Hoje que eu me abra à graça de Deus, e peça o Seu poder para dar espaço entre as minhas perturbações instintivas e as minhas palavras/ações. Que eu faça uma pausa, quando vejo ou ouço algo perturbador, “inquira a mim mesmo” primeiro e fale a seguir, ou fique em silêncio. Que a graça de Deus acalme os meus pensamentos, se eles se apressarem a julgar, e entregue o julgamento a Deus; que a graça de Deus suavize quaisquer “sentimentos” de desânimo ou insatisfação, antes que eles se desenvolvam em completa autopiedade ou ressentimento. Como abrir uma janela e deixar entrar um pouco de ar fresco, que hoje eu me distancie um pouco das perturbações, e que a graça de Deus faça parte do quadro do que quer que esteja acontecendo. “Pelas orações da Santa Mãe de Deus, ó Salvador, salvai-nos”.
Versão brasileira: João Antunes
© 2016, Ir. Vassa Larin
Reflexões com café na manhã: 365 devoções diárias para pessoas ocupadas
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