“Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, saúda as doze tribos da Dispersão. Meus irmãos, considerai como uma enorme alegria o estardes rodeados de provações (πειρασμοῖς, tentações) de toda a ordem, tendo em conta que a prova a que é submetida a vossa fé produz a constância (ὑπομονήν). Mas a constância (ὑπομονὴ, perseverança) tem de se exercitar até ao fim, de modo a serdes perfeitos e irrepreensíveis, sem falhar em nada.” (Tiago 1,1-4)
Por que o Apóstolo Tiago me recorda do óbvio em minha jornada carregando a cruz, – para “considerar [tudo] como uma enorme alegria”, incluindo a inquietação das “provações” ou “tentações”? Porque posso tender a escolher outros caminhos, outras respostas para minhas provações, como a autopiedade e o ressentimento. E esses caminhos são infrutíferos, bem como cegos. Tanto a pena de si mesmo quanto o ressentimento são cegos para o dom oculto nas minhas mais íntimas inquietações: elas sinalizam para mim onde eu preciso da ajuda de Deus, levando-me a procurá-la e experimentá-la, em Sua luz. Esta experiência de Deus concede-me a estabilidade emocional ou “perseverança” que só Ele pode dar, como Aquele que é totalmente estável e imutável.
Mas não posso “saber” isso, se eu não tentar. Então que eu fique perto d’Ele hoje, em meus altos e baixos, deixando-O entrar e “exercitando até ao fim” Sua “perseverança”. Ele quer que eu seja n’Ele e como Ele, “perfeito e irrepreensível, sem falhar em nada”. Glória a Ele, por “tudo”.
Versão brasileira: João Antunes
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