“O templo puríssimo do Salvador, a Virgem,
a preciosíssima câmara nupcial,
o sagrado tesouro da glória de Deus
é apresentada hoje à Casa do Senhor,
introduzindo com ela a graça do Espírito Divino.
Os anjos de Deus a louvam clamando:
‘Esta é o tabernáculo celeste!’”
Kondakion da Entrada da Santíssima Virgem Maria, a Theotokos, no Templo
Hoje temos duas grandes festas sendo celebradas em nossas Igrejas: de acordo com o Calendário Juliano Revisado, é a Entrada da Theotokos no Templo, e no Calendário Juliano Tradicional é a Festa do Arcanjo Miguel e Todos os Incorpóreos Celestes. Então vou fazer uma reflexão a respeito de ambas. Vou fazer uma reflexão sobre o “templo” visível do Senhor, a Mãe de Deus, entrando em outro templo visível, em Jerusalém, enquanto “os anjos de Deus a louvam”. Tanto ela, e todos os “templos” visíveis de hoje, quanto nós e nossas igrejas-edifícios, receberam a capacidade de unir os mundos criados visíveis e invisíveis, na Vinda em carne e osso de seu Filho até então invisível. Unimo-nos com a criação invisível em louvor, enquanto nós “misticamente representamos os” ou “misticamente tornamo-nos ícones dos” (μυστικῶς εἰκονίζοντες) querubins em cada Divina Liturgia.
Mas, surpreendentemente, também recebemos uma honra que excede à deles, por participar do Corpo e Sangue de Cristo, que eles não participam. Então hoje que eu seja humilde na única honra que recebo no mundo criado de Deus, com a ajuda de Seus servos visíveis e invisíveis. E que eu siga Sua Mãe Puríssima no Santo dos Santos, em uma Comunhão que até mesmo aos anjos não é dada.
Versão brasileira: João Antunes
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