“Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: ‘Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Porque o que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, irá salvá-la. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida? Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos anjos’.” (Marcos 8,34-38)
De que parte das “palavras” de Cristo alguém deveria se sentir “envergonhado”? A parte sobre a Cruz, que é o Caminho de vencer nossas dificuldades, deficiências e trevas, ao invés de fugir delas ou negar que elas existam. “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina” (1 Coríntios 1,18). Particularmente em nossa Era da Auto-ajuda e da Internet, quando podemos ser pressionados a pensar que qualquer coisa “errada” conosco é apenas uma “distorção” que “nós” podemos “consertar”, a Palavra da Cruz fala também de outra maneira, no Espírito de paciência, sabedoria e compaixão, tanto para nós mesmos quanto para os demais , no que diz respeito às “ervas daninhas” ou “joio” (ou seja, as coisas ruins em ou entre nós) que Deus permite “crescer junto” com o bom “trigo” em nós, para o nosso próprio bem no Caminho da Cruz (veja a Parábola do Joio em Mateus 13,24-30).
Hoje, que eu abrace novamente “o poder de Deus” no Espírito de Deus, por meio de alguma oração sincera, e não me deixe ser intimidado pelas pressões para ser “sem defeitos ou falhas” de acordo com a nossa cultura das mídias sociais. Não preciso, nem posso, esconder minha “nudez” d’Aquele que também está suspenso numa Cruz, lado a lado comigo. Então, peço-Lhe que Se lembre de mim em Seu reino, também clamo a Ele nas palavras de Santo Efrém, “concede a mim, teu servo, um espírito de integridade, de humildade, de paciência e de amor”. Amém!
Versão brasileira: João Antunes
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