“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15,1-5)
Apenas permaneçam conectados a Mim, o Senhor nos diz, e vocês “darão muito fruto”, mesmo que a “frutificação” de vocês às vezes seja dolorosa. Porque o Pai nos “poda” através das “dores do parto” de nossa personalidade, que é tanto testada quanto desenvolvida pela “vocação” que compartilhamos com nosso Senhor Jesus Cristo. Mas se escolhermos nos auto-isolar e nos desconectar do Caminho de Cristo de carregar a cruz, nós “nada” faremos. Talvez faremos até um monte de “nada”. E isso é uma coisa ruim, pois não fazer “nada” gera medo.
Mas é uma coisa boa, sempre que somos chamados a compartilhar de nós mesmos, ou a “frutificar” de nós mesmos, de acordo com a nossa vocação, mesmo quando nos tornamos vulneráveis tanto à(s) aceitação(ões) quanto à(s) rejeição(ões) daquele compartilhar de nós. Somos “podados” em um processo doloroso que nos leva a produzir ainda “mais fruto”, se mantivermos nosso foco n’Aquele que nos chamou à nossa “vocação” particular. Senhor, ajuda-me a abrir-me ao Teu chamado hoje, para que eu possa “dar muito fruto”, em vez de não fazer “nada”.
Versão brasileira: João Antunes
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