“Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: ‘Vinde após mim; eu vos farei pescadores de homens’. Eles, no mesmo instante, deixaram as redes e seguiram-no.” (Marcos 1,16ss)
Então, Simão e André simplesmente abandonam o trabalho, deixam as redes e seguem Jesus. E Ele quase não disse nada a eles — apenas a frase intrigante lida acima, que provavelmente fez pouco sentido para eles: “Eu vos farei pescadores de homens”. Nesse ponto, os discípulos sabem pouco ou nada sobre a “doutrina” de Cristo. Eles seguem a Ele e não a uma doutrina.
Noto hoje que, com certeza, Cristo nos traz uma doutrina salvífica e valiosas “lições” sobre como viver. Mas isso não é exclusivamente, nem mesmo primariamente, o que nos faz segui-l’O, deixando nossas “redes” e outros enredos para trás. Havia muitos sábios mestres antes de Cristo, com doutrinas mais sistemáticas sobre como viver. Mas minha fé refere-se principalmente ao encontro com um Ser vivo, o Deus-Homem Jesus Cristo, Que nos revela o Pai e envia o Espírito Santo, na experiência vivida do cotidiano n’Ele. É a força, o poder deste Ser, que torna Suas doutrinas salvificamente diferentes das doutrinas de outros, como dito neste mesmo capítulo do Evangelho de Marcos: “Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Marcos 1,22).
Que eu seja recordado de não me limitar a “aprender sobre” Cristo, mas também a encontrá-l’O em oração sincera, deixando Sua graça entrar em meu coração e em toda a minha agenda hoje.
Versão brasileira: João Antunes
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