“Já o sabeis, meus diletíssimos irmãos: todo homem deve ser pronto para ouvir, porém tardo para falar e tardo para se irar; porque a ira do homem não cumpre a justiça de Deus. Rejeitai, pois, toda impureza e todo vestígio de malícia e recebei com mansidão a palavra em vós semeada, que pode salvar as vossas almas. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos.” (Tiago 1,19-22)
Enquanto aqueles de nós no Calendário Juliano Tradicional se preparam para a festa da Natividade de Nosso Senhor em Belém, e outros de nós se preparam para a grande festa da Teofania (de Seu batismo no Jordão, ou da Adoração dos Magos), estou grato por ter encontrado a passagem acima citada. Como vamos ouvir muitas “palavras” em nossos ofícios litúrgicos, dirigindo nossos corações e mentes para a vinda de nosso Senhor, seja a Belém ou ao rio Jordão, sou recordado de ser “pronto (rápido) para ouvir” e também de “receber com mansidão” a “palavra em nós semeada”. Por quê? Porque “pode nos salvar”, ou seja, pode nos devolver a casa, à plenitude e unicidade com Deus e dentro de nós mesmos.
Hoje, que eu seja “pronto (rápido) para ouvir” a boa nova da vinda de Cristo, “com mansidão”, para o nosso meio, primeiro como um Menino em Belém, e depois como um Homem entre nós, para ser imerso nas “águas” do nosso mundo. Ele aparece “com mansidão”; Ele aparece, para liderar o Caminho da jornada carregando a cruz, para que eu possa seguir, “com mansidão”. Que eu faça isso hoje, “rejeitando” qualquer raiva, preocupação ou medo, ou qualquer coisa que possa estar bloqueando minha visão da festa que se aproxima. Que eu ouça a voz clamando em meu “deserto”: “Traçai o caminho do Senhor, aplanai as suas veredas” (Marcos 1,3).
Versão brasileira: João Antunes
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