IRROMPEU NO DESERTO ÁGUA - Café com a Irmã Vassa

“Rejubila, ó deserto sedento!
Que se alegre o deserto
E floresça como um lírio!
E florescerão e alegrar-se-ão
Os lugares desertos do Jordão.
E a glória do Líbano foi-lhe dada,
Assim como a honra do Carmelo.
E o Meu povo verá a glória do Senhor
E a sublimidade de Deus!

Sede fortes, mãos fracas e débeis joelhos!
Consolai, vós que pela mente sois de pouca alma!
Sede fortes, não temais!
Eis que o nosso Deus paga um julgamento e pagará:
Ele próprio virá e nos salvará.

Então se abrirão os olhos dos cegos;
E os ouvidos dos surdos ouvirão.
Então saltará como cervo o coxo;
E clara ficará a língua dos que gaguejam.
Porque irrompeu no deserto água;
E uma ravina em terra sedenta.”
(Isaías 35,1-6; cf. Septuaginda, tradução ao português por Frederico Lourenço)

Esta é uma das profecias lidas durante os ofícios da “Teofania”, (isto é, a “aparição/revelação de Deus”), quando nosso Senhor apareceu no rio Jordão aos 30 anos de idade, e se submeteu ao batismo de João, inaugurando assim Seu ministério público a todos nós. A véspera da Teofania é celebrada hoje por aqueles que seguem o Calendário Juliano Revisado, enquanto aqueles de nós no Calendário Juliano Tradicional se aproximam da celebração de outra “teofania”, o nascimento do Senhor em Belém. Ambas “teofanias” ou “aparições” do Deus-Homem em nosso meio; Seu nascimento de uma Virgem em uma gruta solitária em Belém e Sua imersão nas “águas” de nosso mundo material, bem como Sua presença contínua e santificadora em nossas vidas, trazem nova vida e produtividade para nossas “mãos fracas” e nossos “débeis joelhos”.

Hoje, que eu me reconecte com Ele, mais uma vez, e una-me ao fluxo criativo da presença unificadora e vivificante de Deus no nosso “deserto sedento”. Graças Te dou, Senhor, por aparecer em minha vida, uma e outra vez, para me conduzir para fora dos impasses do medo egocêntrico e da autossuficiência. “O Senhor é nosso Deus, ele fez brilhar sobre nós a sua luz. Bendito seja o que vem em nome do Senhor!” (Salmo 117/118,27a.26a).

Versão brasileira: João Antunes