“Pedro começou a dizer-lhe: ‘Eis que deixamos tudo e te seguimos’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições (μετὰ διωγμῶν) – e no século vindouro a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros’.” (Marcos 10,28-31)
De fato, recebemos “cem vezes mais” do que tivemos de “deixar” por causa de Cristo e do Evangelho, “já neste século”. Mas também recebemos “perseguições”, seja de dentro de nós mesmos, seja de fora, ou de ambos. E, quer pareçamos (nós mesmos ou os outros) sermos os “últimos” ou os “primeiros”, — “perdedores” ou “vencedores” — no aqui e agora, ao servirmos Sua palavra, nosso Senhor relativiza a importância do nosso status terreno e diz: “muitos dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros”. Então, se estamos nos comparando com os outros hoje, seja positiva ou negativamente, nosso Senhor descansa nossa cabeça a respeito desse motivo e diz: “Parem com isso”. Porque só Ele será o juiz.
Graças Te dou, Senhor, por nos libertar do medo de sermos os “últimos”, no aqui e agora. “Seja-nos manifestada, Senhor, a vossa misericórdia, como a esperamos de vós” (Salmo 32/33,22), e não “nos poderosos” (Salmo 145/146,3).
Versão brasileira: João Antunes
© 2020, Sr. Vassa Larin
www.coffeewithsistervassa.com