“Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem. O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância. Eu sou o bom-pastor. O bom-pastor expõe a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, quando vê que o lobo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lobo rouba e dispersa as ovelhas. O mercenário, porém, foge, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom-pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor.” (João 10,9-16)
Todos nós precisamos de “pertencer”. Por quê? Porque fomos feitos dessa forma, para participar e fazer parte da Unidade de Deus e da Vida “em abundância” de Deus. É tanto espiritual quanto psicologicamente atormentador para nós, sentirmo-nos afastados da Vida, como peças de quebra-cabeça que simplesmente não se encaixam em nenhum lado. Muitas pessoas passam pela vida sentindo-se assim, ou já se sentiram assim, em algum momento ou outro.
Cristo, o Filho Encarnado de Deus, é a “porta” através de Quem nós, que outrora éramos forasteiros e desajustados, “entramos” na verdadeira Vida, e nos tornamos cidadãos do mundo de Deus. Outros construtores de comunidades meramente humanos podem oferecer-nos algum sentido de pertença, — como os sumos sacerdotes da Internet, ou nosso partido político, ou clã, ou time de futebol favorito, etc. Mas nenhum desses “mercenários” pode nos “salvar”, ou seja, nos fazer “completos” dentro de nós mesmos e com o mundo de Deus. Fora da comunhão com Cristo, sempre nos encontraremos “dispersos”, no final do dia. Graças Te dou, Senhor, por teres dado Tua vida por nós, e por nos reclamares como Teus, e de ninguém mais. Hoje ouço Tua voz, e tomo Tua porta, em vez de vaguear sem rumo, onde eu realmente nunca pertenço.
Versão brasileira: João Antunes
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