“Saindo os fariseus dali, deliberaram logo com os herodianos como o haviam de prender. Jesus retirou-se com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão, vinda da Galileia. E da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do além-Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidônia veio a ele uma grande multidão, ao ouvir o que ele fazia. Ele ordenou a seus discípulos que lhe aprontassem uma barca, para que a multidão não o comprimisse. Curou a muitos, de modo que todos os que padeciam de algum mal se arrojavam a ele para o tocar.” (Marcos 3,6-10)
Conforme Seus “odiadores”, os fariseus e os herodianos, estavam ocupados conspirando “como o haviam de prender”, nosso Senhor simplesmente “retirou-se para o mar” e continuou Sua obra salvífica, seguido por “uma grande multidão”. Assim, enquanto os “odiadores” estavam muito preocupados com seu trabalho, contra o “controverso” Objeto de seu ódio, a multidão de seguidores d’Ele continuou imperturbada pelos conspiradores. Eles não deixaram de O seguir porque o que Ele era ou o que Ele dizia era controverso; eles seguiram-n’O porque era verdade.
Mas e se a situação acima descrita acontecesse hoje, e os fariseus e os herodianos tweetassem muitas vezes por dia, ou comentassem em todas as redes sociais, comentários que depois seriam captados por nosso ciclo de notícias 24×7? Teria nosso Senhor sido conduzido à Cruz mais rapidamente? Penso que sim. Mas também penso que a “situação” acima descrita provavelmente acontece mesmo hoje, de formas que muitas vezes não tenho conhecimento.
Seja como for, que eu tente “retirar-me”, o melhor que posso, das vozes que procuram destruir ou distrair da voz de Deus em nosso mundo. Esta manhã opto por voltar a concentrar-me na salvação de Deus e seguir a Cristo, em vez de ser conduzido aos confusos aposentos dos nossos mais atuais “formadores de opinião”. Senhor, seja feita a Tua vontade com todos nós hoje, assim na terra como no céu.
Versão brasileira: João Antunes
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