“O pão nosso de cada dia (τὸν ἐπιούσιον) nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam” (Mateus 6,11s)
Hoje, enquanto a maioria dos cristãos celebra a Quinta-feira Santa, quando o nosso Senhor abençoou, partiu, e partilhou o Seu Pão com os apóstolos, eu gostaria de refletir sobre o vital “pão nosso de cada dia” que Ele nos ensinou a pedir, quando Ele nos ensinou a rezar. Acho que uma das grandes coisas sobre a Quaresma é que ela me ensina a prestar mais atenção às minhas “escolhas”, tanto físicas como espirituais.
No que diz respeito ao “pão” físico, deixe-me notar, com gratidão, que Deus o provê para mim hoje. Isso inclui a totalidade das minhas necessidades físicas, como alimentação, abrigo, vestuário, tecnologia, etc. Realmente sinto-me de certa forma privado da companhia física de outras pessoas, devido a mais um lockdown, mas a gratidão e o arrependimento ensinam-me a valorizar mais este “pão”, uma vez que no passado tive a tendência a tê-lo como garantido.
Quanto ao saudável e vital “pão” espiritual, facilmente o perco de vista, sobrecarregando-me com o tipo errado. Frequentemente permito-me ser alimentado com “demasiada informação” de fontes noticiosas ou outros meios de comunicação social. Posso estar completamente exausto e faminto, sem o “pão nosso de cada dia” essencial de que preciso, e nem sequer reparo nele.
Por isso, que hoje eu faça uma pausa, e cuide da minha saúde, tanto física como espiritual. Que eu volte a conectar-me com o Doador da Vida e abrir-me à Sua graça e presença, tão abundantemente oferecidas hoje, e todos os dias. Que eu também tome algum tempo para fazer uma leitura profunda e orante, para que possa ser nutrido e fortalecido através de palavras que dão vida, em vez de palavras cansativas e confusas. “O pão nosso de cada dia nos dai hoje; e perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam”. Amén!
Versão brasileira: João Antunes
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