“No dia seguinte, ouvindo uma grande multidão, que viera à festa, que Jesus vinha a Jerusalém, tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: ‘Hosana: Bendito o rei d’Israel que vem em nome do Senhor’. E achou Jesus um jumentinho, e assentou-se sobre ele, como está escrito: ‘Não temas, ó filha de Sião; eis que o teu Rei vem assentado sobre o filho de uma jumenta’. Os seus discípulos, porém, não entenderam isto no princípio; mas, quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que isto lhe fizeram. A multidão, pois, que estava com ele quando Lázaro foi chamado da sepultura, testificava que ele o ressuscitara dos mortos. Pelo que a multidão lhe saiu ao encontro, porque tinham ouvido que ele fizera este sinal.” (João 12,12-18)
Hoje, de forma semelhante, carregamos ramos, “re-presentando”, ou “fazendo novamente presente” para nós mesmos e para o nosso mundo, este acontecimento histórico. Diferentemente, porém, da grande multidão em Jerusalém há 2.000 anos (e mesmo dos discípulos de Cristo), compreendemos que não estamos saudando um rei terreno. Nem exclamamos: “Hosana! (Salve-nos!)”, esperando d’Ele a libertação dos nossos inimigos terrenos ou políticos. Saudamos o Vencedor da Morte, que hoje entra em Jerusalém para Se encontrar com Sua morte. E é “pela morte”, — passando por ela —, que Ele “vence a morte”. Esta vitória será invisível, muito cedo no próximo domingo de manhã.
Ao saudarmos hoje o nosso Senhor, carregando ramos como “sinais de vitória” (τῆς νίκης σύμβολα φέροντες, победы знамения знамения носяще), recorde-se: “não temas, ó filha de Sião!”. Sou recordado a “não temer” a jornada carregando a Cruz, que Cristo veio para partilhar conosco, e para coroar com o Seu tipo de vitória, não o nosso. “Venhamos” hoje, em Seu nome, e seremos abençoados pela Sua vitória invisível, como agradecidos portadores da cruz. “Bendito O que vem em nome do Senhor!”.
Versão brasileira: João Antunes
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