“Ai do mundo, por causa dos escândalos! São inevitáveis, decerto, os escândalos; mas ai do homem por quem vem o escândalo! Se a tua mão ou o teu pé são para ti ocasião de queda, corta-os e lança-os para longe de ti: é melhor para ti entrares na Vida mutilado ou coxo, do que, tendo as duas mãos ou os dois pés, seres lançado no fogo eterno. Se a tua vista é para ti ocasião de queda, arranca-a e lança-a para longe de ti: é melhor para ti entrares com uma só vista na Vida, do que, tendo os dois olhos, seres lançado na Geena do fogo.” (Mateus 18,7ss)
Aqui o Senhor fala dos piores tipos de “causa de escândalos” — os tipos que nos chegam através de algo/alguém importante ou querido para nós, como um dos nossos braços, pés ou olhos. Por exemplo, pode ser uma relação profissional ou pessoal com alguém que é mau para nós, ou para quem somos maus, por qualquer razão; ou uma lucrativa oportunidade de carreira que sabemos que será destrutiva para nós mesmos e para a nossa família; ou pode ser uma ferramenta tecnológica importante para o nosso trabalho, como o acesso 24×7 ao WiFi —, se “são para ti ocasião de queda”, se desenvolveste um vício na Internet ou algum outro lado obscuro da teia mundial; ou pode ser o caminho que tomamos para o trabalho ou para a escola, que pode ser o caminho mais curto para lá chegar, mas também acontece de nos levar para perto de algum “lugar evitável” que é melhor evitar, como o bar (se formos alcoólatras), ou a casa d@ noss@ ex, com quem ainda estamos obcecados.
Seja o que for, basta “cortá-los e lançá-los para longe de ti”, diz o Senhor, porque tu podes. É doloroso, mas podemos viver sem isso. De fato, “é melhor para ti entrares na Vida” — reentrar na vida verdadeira, afastar-se dessa coisa que traz morte, sem ela. Afinal, tal como temos mais do que um braço, pé e olho, também temos mais do que uma opção quando se trata dos assuntos pessoais, profissionais e práticos acima mencionados. Senhor, ajuda-me a acolher esta palavra difícil e, no entanto simples, que me traz vida hoje, para que eu possa ser podado como uma rosa no Teu jardim, para um novo crescimento e uma nova liberdade em Ti.
Versão brasileira: João Antunes
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