“Nesse dia, Herodes e Pilatos ficaram amigos, pois eram inimigos um do outro.” (Lucas 23,12)
Esta passagem, que relata como Herodes e Pilatos formaram uma amizade quando colaboraram na condução de Cristo à Sua cruz, contém uma mensagem simples para mim: Nem todas as amizades são boas. Ambos estavam no lado errado da história da Cruz, e foi precisamente isto que os uniu, como amigos. Eles “permitiram-se” um ao outro, como participantes nas provações que levaram à Sua crucificação.
Portanto, devo ter cuidado com as amizades que formo e fomento. Algumas amizades podem colocar-me no lado errado da Cruz, ou seja, “permitir” que eu ou outra pessoa a rejeitemos, enquanto eu tento ser, à minha pequena maneira, um co-carregador da Sua cruz. Não preciso de “julgar” a jornada de mais ninguém, mas preciso de ver as situações e as relações honestamente, com a ajuda de Deus. Caso contrário, acabo por me ver como uma “vítima” das escolhas, expectativas, ou visão de outras pessoas.
Por isso, não devo andar por aí julgando todo mundo, mas também não preciso de aceitar a amizade de todo mundo. Sou obrigado a “amar” o próximo. Contudo, não preciso de ser “como” todo mundo, nem de ser amigo de todos.
Versão brasileira: João Antunes
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