“Então, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos: ‘Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar. Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as filactérias e alongam as orlas dos seus mantos. Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes…’.” (Mateus 23,1-6a)
O Senhor recorda-me aqui de considerar os princípios ensinados por mestres legítimos da Lei de Deus, independentemente do seu comportamento ou personalidade. Jesus não se cala sobre os defeitos dos escribas e fariseus, mas Ele aponta a autoridade legítima deles, pois eles “instalaram-se”, como Ele diz, “na cátedra de Moisés”, e Ele ordena que o povo “faça tudo o que eles disserem”.
É um fenômeno comum, penso eu, a qualquer instituição que envolva seres humanos, incluindo a Igreja, que os seus líderes e mestres por vezes inspirem mais críticas do que admiração. Mas Cristo despreocupa-me por este motivo, porque Ele faz-me saber que Ele está bem ciente disso. Por outras palavras, Deus permite que esta humilde realidade, do Seu ensino seja transmitido — não por anjos — mas por aqueles que, como eu, estão muitas vezes longe de serem perfeitos. Tal como, uma e outra vez, Ele permite que seres humanos imperfeitos se tornem pais.
Assim, somos criados e ensinados por outros seres humanos, imperfeitos como somos, ao longo da vida, aprendendo uns com os outros. Hoje dou graças a Deus por esta humilde realidade, de que Ele tem tanta fé em nós, apesar das nossas imperfeições.
Versão brasileira: João Antunes
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