A JUSTIÇA DE DEUS

Sejam nossas bocas, Senhor, cheias de Vossos louvores, porque nos tornastes dignos de participar de Vossos Mistérios santos, imortais e puros. Guardai-nos na santidade para cantar Vossa glória e proclamar Vossa justiça o dia inteiro. Aleluia, aleluia, aleluia!” (Hino de Ação de Graças após a Comunhão, Divina Liturgia de São João Crisóstomo)

Depois de receber a Santa Comunhão, sou chamado a “proclamar” a “justiça” do Senhor (δικαιοσύνη) o dia inteiro. É a “justiça” de Cristo que é a nossa fonte de “justiça”; Ele é a fonte do nosso senso de certo e errado, bem como de qualquer outro “valor” que possamos ter. Quando participamos d’Ele, em Sua graça, nos Seus Mistérios, participamos também da Sua “justiça” divina e levamo-la conosco para o nosso mundo.

Qual é o tipo de “justiça” de Cristo? É uma “justiça” que justifica os pecadores dóceis. Ou seja, os pecadores dispostos a refocarem-se, de acordo com a Sua orientação amorosa. Ou seja, os pecadores dispostos a deixar de se autojustificar e de aceitar a Sua retidão e justiça como uma dádiva. Eu deixo inevitavelmente de ser autojustificador, quando me recordo desta verdade simples, que Deus é a única fonte de justiça e santidade.

Hoje “proclamo” com gratidão esta verdade simples, e agradeço-Lhe por me ter incluído no Seu chamamento: “Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores” (Lucas 5,32).

Versão brasileira: João Antunes

© 2015, Ir. Vassa Larin
www.coffeewithsistervassa.com