RECOMPENSAS EM SEGREDO

Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.” (Mateus 6,5s)

Tem-se notado frequentemente que aqui o Senhor NÃO nos está dizendo que não devemos orar publicamente e nas igrejas. O que Ele está dizendo é que não o devemos fazer “como os hipócritas”, com o propósito de sermos “vistos pelos homens”. Afinal, o próprio Jesus orou publicamente em muitas ocasiões, e também foi muitas vezes ao templo, ao qual Ele se referia como a “Casa do Seu Pai” (João 2,16).

Mas o Senhor recorda-me, nesta passagem e noutras, as recompensas da oração privada e solitária. Ele próprio encontra repetidamente tempo para este tipo de oração, em meio ao Seu ministério às multidões, como em Mateus 14,23: “Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão”.

E quando Cristo disse: “entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai”, as pessoas que O ouviam sem dúvida precisavam de ouvir isto, como eu hoje. Elas podem ter-se limitado a “rezar nas sinagogas” e em ocasiões públicas como funerais e casamentos, negligenciando ao mesmo tempo a vida privada, a sós com Deus. “O teu Pai que vê o oculto”, Cristo recorda-me, “há-de recompensar-te”.

Que eu encontre hoje um pouco de tempo para a oração sincera e privada “em segredo para o meu Pai”, e as suas recompensas em segredo.

Versão brasileira: João Antunes

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