“Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: Não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do Homem. O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do senhor. Basta ao discípulo ser como o mestre e ao servo ser como o senhor. Se ao dono da casa chamaram Belzebu, o que não chamarão eles aos familiares! Não os temais, portanto, pois não há nada encoberto que não venha a ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido, proclamai-o sobre os terraços. Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode fazer perecer na Geena o corpo e a alma. Não se vendem dois pássaros por uma pequena moeda? E nem um deles cairá por terra sem o consentimento do vosso Pai! Quanto a vós, até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados! Não temais, pois valeis mais do que muitos pássaros.” (Mateus 10,23-31)
O temor é um dom dado por Deus, cujo objetivo é afastar-nos do mal e aproximar-nos do bem. O “mal” é tudo aquilo que está fora da vontade de nosso Pai, Que sabe absolutamente tudo sobre nossas vidas (passado, presente e futuro), e sobre nós, incluindo o número de fios de cabelo de nossas cabeças. Mas costumamos colocar o nosso dom dado por Deus do medo no lugar errado, por temer “o desconhecido” (por exemplo, nossa futura situação profissional, pessoal e financeira) e o que “não é totalmente conhecido” ou outras coisas “confusas” além do nosso controle (como a opinião e o comportamento humanos para conosco).
Mas nosso Senhor nos recorda de que não existe tal coisa como “o desconhecido”, porque todas estas coisas são, de fato, “conhecidas” por Ele, Que mantem o controle sobre elas, até o último fio de cabelo de nossas cabeças, preciosas para Ele. “Não temais!”, ouço meu Senhor me dizer hoje, mesmo quando “não sei” ou “compreendo” suficientemente tudo, e todos, em minha vida. Que eu siga em frente, fazendo a próxima coisa certa, de acordo com minhas responsabilidades ou vocação dadas por Deus e deixe o temor de Deus libertar-me do incapacitante e meramente humano “medo do desconhecido”. Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, Ó Senhor, conosco hoje, em Tua onisciente Presença.
Versão brasileira: João Antunes
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