A GRATIDÃO ELEVA NOSSOS CORAÇÕES

Sacerdote: Elevemos nossos corações ao alto! (Ἄνω σχῶμεν τὰς καρδίας. / Sursum corda. / Горе имеим сердца.)
Povo: Nós os temos para o Senhor. (Ἔχομεν πρὸς τὸν Κύριον. / Habemus ad dominum. / Имамы ко Господу.)
Sacerdote: Rendamos graças ao Senhor! (Εὐχαριστήσωμεν τῷ Κυρίῳ. / Gratias agamus domino. / Благодарим Господа.)
Povo: É digno e justo. (Ἄξιον καὶ δίκαιον. / Dignum et iustum est. / Достойно и праведно есть…)

Esta parte do diálogo do Prefácio da Anáfora é comum às Orações Eucarísticas tradicionais, tanto do Oriente quanto do Ocidente. E isso me recorda de um aspecto vital de qualquer oração cristã, ou de qualquer vida orante, — que quando “elevamos nossos corações ao Senhor”, fazemos isso, através da gratidão, “rendendo graças” ao Senhor. É a gratidão que eleva nossos corações, como nenhuma outra coisa, e supera o que os torna pesados acima de tudo, como os medos de não sermos amados (o suficiente), ou de não estarmos financeiramente seguros (o suficiente). A gratidão também supera os ressentimentos que podemos nutrir, como resultado desses medos, para com os outros ou até mesmo com relação a nós mesmos, por não fazermos ou realizarmos o suficiente, por nós, nessas áreas.

Hoje, que eu carregue em meu coração um “Amém” à gratidão, ou um “é digno e justo” à gratidão, que é apenas uma maneira diferente de dizer “Amém”. Que eu abrace a gratidão, pelo meu aqui e agora, no qual estou bem, e tenho “o suficiente” por hoje, pela graça de Deus. Também tive “o suficiente” no passado, através do qual Deus me sustentou durante todo o caminho até hoje, independentemente das minhas deficiências, ou das dos outros. Hoje, ao nos prepararmos para sermos “elevados” no tempo primaveril da Quaresma, que eu não deixe o meu coração pesado. Que eu ore e perdoe, a mim e aos outros, em gratidão por tudo. “Velai sobre vós mesmos, para que os vossos corações não se tornem pesados com o excesso do comer, com a embriaguez e com as preocupações da vida… Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos esses males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem” (Lucas 21,34.36). Hoje apresento-me de pé diante de Ti, Senhor, em humilde gratidão por tudo.

Versão brasileira: João Antunes

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