“Chegando estes homens a ele, disseram: ‘João Batista enviou-nos a ti, perguntando: És tu o que há de vir (ὁ ἐρχόμενος) ou devemos esperar (προσδοκῶμεν) por outro?’. Ora, naquele momento Jesus havia curado muitas pessoas de enfermidades, de doenças e de espíritos malignos e dado a vista a muitos cegos. Respondeu-lhes ele: ‘Ide anunciar a João o que tendes visto e ouvido: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciado o Evangelho; e bem-aventurado é aquele para quem eu não for ocasião de queda!’” (Lucas 7,20-23)
Jesus Cristo, “O que há de vir”, estava “entrando” na vida de muitos e curando suas aflições. Então os cegos podiam “ver”, os coxos podiam “andar”, os leprosos ficavam “limpos”, os surdos podiam “ouvir”, os mortos eram “ressuscitados”, e os pobres…, espere um minuto… Os pobres não “tornavam-se prósperos”, ou pelo menos, era-lhes dada alguma renda estável? Não seria essa a “cura” para eles? Mas não, aos pobres era “anunciado o Evangelho”.
O que estou dizendo é que a pobreza material não é uma “aflição” que Nosso Senhor promete “curar” materialmente. (Desculpe, pessoal do Evangelho da Prosperidade!) Jesus Cristo, “O que há de vir”, entra na minha vida, uma e outra vez, e me “cura”, para que eu possa lidar com qualquer circunstância “responsavelmente”. Ou seja, quando me abro à comunhão com Ele, Ele me dá a “capacidade de responder” (responsa-habilidade) tanto à pobreza quanto à prosperidade em Espírito de paciência, gratidão, humildade, sabedoria, compaixão, amor e fé. Em uma (re)conexão diária com Deus, não fico incapacitado ou sou “afligido” pelos medos que se arrastam em meio a essas circunstâncias, mas posso continuar enfrentando-as e fazendo a próxima coisa certa, para mim e/ou para o próximo. “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”, por favor Senhor, “e perdoai-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Glória a Ti.
Versão brasileira: João Antunes
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