“Entretanto, Maria [Madalena] se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles lhe perguntaram: ‘Mulher, por que choras?’. Ela respondeu: ‘Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram’. Ditas essas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Perguntou-lhe Jesus: ‘Mulher, por que choras? Quem procuras?’. Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: ‘Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar’. Disse-lhe Jesus: ‘Maria!’. Voltando-se ela, exclamou em hebraico: ‘Rabôni!’ (que quer dizer Mestre).” (João 20,11-16)
Maria Madalena só reconhece o Senhor ressuscitado, que aparentemente estava diferente em Seu Corpo glorificado e ressuscitado, quando Ele diz seu nome, “Maria”. Aparentemente, Ele era o único que falava o nome dela assim, — ou talvez Ele tenha sido o único que se dirigia a ela pelo nome, nessa altura de sua vida. Talvez todos os demais simplesmente a chamassem de “mulher” (o que não era rude, a propósito, como soa no português hoje, mas era o equivalente ao nosso “Senhora”). Talvez seja por isso que ela não O reconheça de início, quando Ele a chama de “mulher”, e pergunta por que ela está chorando.
Seja como for, graças Te dou, Senhor, por hoje nos ser dado “reconhecê-l’O”, por eu ser “reconhecido”, pelo nome, nos sacramentos. Primeiro, no Santo Batismo ao nos ser dado um nome, ao nos tornarmos “alguém” em Sua “casa” que é a Igreja. E na Sagrada Comunhão, ao nos aproximarmos do Cálice, o sacerdote nos nomeia a cada um de nós, dizendo: “O/A servo/a de Deus (nome) recebe o Corpo e o Sangue de Cristo para a remissão dos pecados e para a vida eterna”. Particularmente neste momento difícil, quando podemos ser menos reconhecíveis por estarmos usando máscaras em público, graças Te dou, Senhor, por me conheceres e me chamares pelo nome, em Tua “casa”.
Versão brasileira: João Antunes
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