“Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, [Jesus] viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações. Ele entrou e disse-lhes: ‘Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo’. Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada. Segurou a mão da menina e disse-lhe: ‘Talita cumi’, que quer dizer: ‘Menina, ordeno-te, levanta-te!’. E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados. Ordenou-lhes severamente que ninguém o soubesse e mandou que lhe dessem de comer.” (Marcos 5,38-43)
Quando nosso Senhor vencedor da morte se refere à morte como um “dormir”, Ele muda não só a maneira como penso na morte, mas também a maneira como penso no sono. Ao ir dormir, depois acordar do sono e sair da cama, e começar um novo dia, experimento uma pequena “vitória sobre a morte” — particularmente naquelas manhãs em que, por qualquer razão, sair da cama é difícil. Por esta experiência cotidiana, me é dado “participar” do mistério da ressurreição, pois Deus me dá nova força e nova vida para começar um novo dia.
Há também outras pequenas “vitórias sobre a morte”, que me são dadas experimentar, assim como às pessoas na passagem citada acima, a quem o Senhor diz para “dar” à menina “de comer”. Quando estou nutrindo os outros, em vez de ser egocêntrico e distante; quando estou dando, em vez de exigir, e assim por diante, — nestes casos, também me é dado “participar” da vitória sobre a morte e da ressurreição do Senhor neste mundo. Graças Te dou, Senhor, pelas pequenas e grandes vitórias sobre a morte, que o Senhor traz em minha vida, e que me tiram da cama pela manhã, dia após dia.
Versão brasileira: João Antunes
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