“Senhor, por que se multiplicaram aqueles que me afligem? Muitos se levantam contra mim. Muitos dizem à minha alma: Não existe salvação para ele no Deus dele. Tu, Senhor, és meu apoio; És a minha glória e levantas a minha cabeça. Com a minha voz clamei ao Senhor; E Ele escutou-me do Seu monte santo. Eu deitei-me e dormi. E acordei, porque o Senhor me apoiará. Não temerei as miríades de povo que se colocam à minha volta.” (Salmo 3,2-7; cf. Septuaginta — tradução ao português por Frederico Lourenço)
Quão sinceros são os salmos, dando voz não só aos “altos” em nossa jornada de fé, mas também aos “baixos”. Rezar os Salmos ensina-me a abrir-me a Deus, e a falar com Ele do fundo do meu coração, de uma forma que talvez me fizesse soar bastante “perturbado” a qualquer interlocutor meramente humano. O Salmo 3, por exemplo (citado acima), ensina-me que não há problema em trazer perante Deus os sentimentos aí expressos em relação aos nossos semelhantes, como o estar extremamente afligido e sobrecarregado por eles; e o mais importante, tal conversa com Deus “levanta a minha cabeça” dessa rotina.
Então, que eu permita que Deus faça parte de quaisquer “altos” ou “baixos” que eu possa estar experimentando hoje, em minhas relações com outras pessoas. Com Deus fazendo parte, posso “deitar-me e dormir”, em vez de perder o sono com pensamentos ou medos da minha própria cabeça, “porque o Senhor me apoiará”. Glória a Ele.
Versão brasileira: João Antunes
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