DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS 2020

Ao entrar numa aldeia, vieram-lhe ao encontro dez leprosos, que pararam ao longe e elevaram a voz, clamando: ‘Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!’. Jesus viu-os e disse-lhes: ‘Ide, mostrai-vos ao sacerdote’. E, quando eles iam andando, ficaram curados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano. Jesus lhe disse: ‘Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?!’. E acrescentou: ‘Levanta-te e vai, tua fé te salvou’.” (Lucas 17,12-19)

Neste Dia de Ação de Graças, quando todos aprendemos como se sente ser “leproso”, que deve ficar “longe” dos outros, a passagem acima citada sobre um “leproso” curado dando graças ao Senhor fala-me de uma maneira distinta. Porque estou vivo e saudável em meio a uma pandemia global, sinto-me como um leproso curado com uma escolha diante de mim: posso ser grato e dar graças ao Senhor, ou posso fazer o oposto.

Neste 2020 escolho ser grato por mim e por qualquer pessoa que leia isto: 1. Por estar vivo; 2. Pelos profissionais da área de saúde que cuidam dos doentes e dos agonizantes entre nós neste momento; 3. Pelos cientistas que têm trabalhado na produção de vacinas, para nos tirarem desta pandemia; e 4. Por aqueles entre as autoridades civis e eclesiásticas que tomam decisões muitas vezes impopulares para nos manterem sãos e salvos.

Mesmo estando separados este ano, não só fisica mas também espiritualmente, pelas questões conturbadas que envolvem o Coronavírus, oro para que possamos estar hoje unidos, em gratidão a Deus. Porque Ação de Graças (a Eucaristia) é cura, quando escolho deixá-la entrar em meu coração. “Demos graças ao Senhor! Εὐχαριστήσωμεν τῷ Κυρίῳ. Благодарим Господа!”.

Versão brasileira: João Antunes

© 2020, Sr. Vassa Larin
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