“SENHOR, a ti clamo, escuta-me; inclina os teus ouvidos à minha voz, quando a ti clamar. Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.” (Salmo 140/141,1s)
Se crê que o rei Davi compôs este Salmo numa época em que seu filho Absalão estava conspirando para matá-lo, e Davi ficou impedido de ir a seu lugar habitual de adoração, o Tabernáculo de Moisés (uma tenda feita de peles de animais). A adoração vespertina no Tabernáculo (por volta das 15h) envolvia queimar incenso e oferecer o “sacrifício da tarde” de animais abatidos. Mas como Davi está escondido, porque sua vida está em perigo, ele não pode participar desta adoração vespertina no Tabernáculo. No entanto, ele tem voz, mãos e a capacidade de orar. Portanto, ele se oferece a Deus, ao invés do habitual “sacrifício da tarde” no Tabernáculo.
Neste fim de semana, normalmente estaríamos ouvindo/cantando este belo Salmo juntos, nas Vésperas da noite de sábado. Mas muitos de nós não estaremos fazendo isso na igreja, por causa dos confinamentos do Coronavirus. No entanto, creio que tenho voz, mãos e a capacidade de orar. Portanto, que eu me ofereça a Deus, e me una ao fluxo criativo de Suas energias por meio de alguma oração sincera, o melhor que eu puder. Esta noite acenderei uma vela perfumada (porque não tenho incenso), e cantarei do fundo do meu coração: “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde”. Graças Te dou, Deus, pela aventura da oração deste tempo difícil.
Versão brasileira: João Antunes
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