POR QUE O “TEMOR” DO SENHOR?

Uma esperança de força está no temor do Senhor. E Ele deixa apoio aos filhos d’Ele. Um preceito do Senhor é fonte de vida; proporciona desvio de uma cilada de morte.” (Provérbios 14,26s — cf. Septuaginta, tradução ao Português por Frederico Lourenço)

O “temor” é uma dádiva vivificante dada por Deus, essencial para a sobrevivência. É uma capacidade evolutiva do ser humano, assim nos diz a ciência. Mas tal como outros dons e impulsos dados por Deus, que eu inerentemente tenho como ser humano, o temor torna-se prejudicial para mim quando está separado de Deus; quando não é “de Deus” e assume uma vida própria. Inerente, o medo humano numa vida não focada em Deus é ansiedade existencial paralisante perante as muitas incertezas e ambivalências que são parte integrante de qualquer vida humana.

“No temor do Senhor”, sou recordado conforme inicio a quinta semana da Quaresma, “está uma esperança de força”. Eu “temo” perder a minha conexão com Ele e o foco n’Ele, a Fonte do amor, sabedoria e perdão para os meus pecados, e este “temor do Senhor” liberta-me dos medos meramente humanos, da insegurança financeira, da opinião humana, da solidão, e assim por diante. “Eu tomo o caminho” que Ele me apresenta hoje, nas situações, trabalho e relações que me são dadas na minha vocação particular, ou “preceito do Senhor”. Portanto, que eu faça a próxima coisa certa hoje, de acordo com o Seu chamado, — ou seja, de acordo com as minhas responsabilidades imediatas. Que hoje a minha vocação seja aquilo que ela supõe ser, “fonte de vida”, que me leva “a desviar de uma cilada de morte”.

Versão brasileira: João Antunes

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