“E, se alguém disser alguma palavra contra o Filho do Homem, há-de ser-lhe perdoado; mas, se falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no futuro. Ou admitis que a árvore é boa e o seu fruto será bom, ou admitis que a árvore é má e o seu fruto será mau. Porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras! Como podeis falar de coisas boas, se sois maus? Porque a boca fala da abundância do coração. O homem bom, do seu bom tesouro, tira coisas boas; e o homem mau, do seu mau tesouro, tira coisas más.” (Mateus 12,32-35)
Se me encontro “batendo boca”, ou falando demasiado, de uma forma que começa a sobrecarregar a minha consciência, é altura de examinar não as minhas palavras, mas o meu coração. É pelo e com o meu coração que adoto o que a Oração de Santo Efrém chama de “o espírito de palavra vã”, ou, inversamente, a graça do Espírito Santo. E é somente n’Ele e com Ele que posso “admitir que a árvore é boa”, — a “árvore” que sou eu, “e o seu fruto é bom”, — o “fruto” que é o meu comportamento em palavras e atos.
Por isso, que eu retome, esta manhã, o “bom tesouro” do Espírito Santo, abrindo o meu coração a Ele em oração, e deixando-O expulsar quaisquer “outros” espíritos que possam ter-se instalado no meu coração. “Rei Celeste, Consolador, Espírito da Verdade, presente em toda a parte e ocupando todo lugar; Tesouro dos Bens, e Dispensador da Vida — vem e habita em nós, purifica-nos de toda macha e salva nossas almas, Tu que és Bom”.
Versão brasileira: João Antunes
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